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Você sabe o que é Acondroplasia?


Dra. Tatiana Protzenko e Dr. Antonio Bellas no congresso ACHON, em São Paulo.

Acondroplasia é considerada uma doença rara. Entretanto, ela está muito presente no nosso dia a dia por trabalharmos em um centro de referência para estes pacientes. Diariamente, recebemos famílias com essa condição que chegam com histórias, dificuldades e vitórias.


É a forma mais comum de displasia esquelética em seres humanos. Ocorre em uma frequência de 1 para cada 10 a 30.000 nascidos vivos e 80% dos casos são esporádicos. É uma doença genética autossômica dominante causada por uma mutação no gene FGFR3, responsável pela ossificação endocondral. Essa ossificação ocorre anormalmente, levando ao espectro clínico caracterizado por:


  • Baixa estatura

  • Membros curtos, com tronco de dimensões normais

  • Macrocrania, com bossa frontal e terço médio da face hipoplásico

  • Configuração das mãos em forma de tridente

  • Pernas arqueadas (“geno varum”)

  • Hiperlordose, que se desenvolve quando a criança começa a andar


Na infância, a hipotonia é típica e, portanto, existe atraso dos marcos do desenvolvimento.


Por que a avaliação pela Neurocirurgia Pediátrica é importante?

A ossificação anormal acontece também na base do crânio, levando à compressão (estenose) da região craniocervical (forame magno), onde passam estruturas nobres:

medula espinhal, nervos cranianos, artérias e veias. Em alguns casos essa compressão torna-se sintomática e os pacientes podem apresentar:


  • Reflexos profundos exaltados

  • Apneia de origem central

  • Perda de força progressiva dos membros


Além disso, a estenose da base do crânio pode causar um estreitamento da passagem de veias importantes (estenose de forame jugular). As veias são fundamentais para a absorção do líquido cefalorraquidiano e sua compressão pode levar à hipertensão venosa e dilatação ventricular. Quando essa dilatação torna-se hipertensiva, é chamada de hidrocefalia, sendo muito raro nos pacientes com acondroplasia.


Dentre os exames fundamentais para o diagnóstico da estenose do forame magno encontram-se a ressonância magnética da transição craniocervical e polissonografia. Outros exames podem ser solicitados para casos selecionados.


Tratamento cirúrgico

A cirurgia está indicada quando a estenose do forame magno se relaciona com os sintomas. Cada caso deve ser avaliado individualmente.


O procedimento cirúrgico consiste na descompressão da junção craniocervical para a liberação da medula espinhal e do fluxo liquórico. Trata-se de cirurgia extremamente delicada e, portanto, deve ser realizada por neurocirurgião pediátrico com experiência em pacientes com acondroplasia.


Os cuidados pós-operatórios imediatos devem ser realizados no CTI, com equipe multiprofissional. A recuperação completa para retorno das atividades se dá, em geral, após 15 dias com a retirada dos pontos.



Referências Bibliográficas:

  1. Health Supervision for children with achondroplasia. Tracy et al. PEDIATRICS Vol 116 No 3 2005

  2. Bagley C.A. et al. Cervicomedullary decompression for foramen magnum stenosis in achondroplasia.J neurosurgery pediatrics Vol 104 2006

  3. White KK et al. Is there a correlation between sleep disordered breathing and foramen magnum stenosis in children with achondroplasia? Am J Med Genet sept 2015

CONTATO

Dr. Antonio Bellas

Rua Sorocaba 464, Sala 309 - Botafogo, Rio de Janeiro

‎(21) 3682-3080 / (21) 97325-2915 / (21) 98286-3861

Para marcar sua consulta:

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Dra. Tatiana Protzenko

Rua Visconde de Pirajá 351, Sala 522 - Ipanema, Rio de Janeiro

(21) 99667-1212

(21) 3150-1758

(21) 98286-3861

Dr. Marcelo Pousa

Rua Adolfo Mota, 52 - Tijuca, Rio de Janeiro

(21) 3978-6200

Av. das Américas, 3255 (sala 328 - cobertura) - Barra da Tijuca, RJ
(21) 3284-5187  |  (21) 97562-9224   

Dra. Clara Magalhães

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